Roteiros: Salar de Uyuni, Bolívia - roteiro de 4 dias e 3 noites - Parte 1

Amanhecer em SPA
Mais uma vez, acordamos cedo em SPA! Essas férias não são pra quem não dispensa acordar tarde... mas garanto que o esforço vale a pena.
Um micro ônibus nos pegou por volta das 6:30 da manhã e passou em vários hoteis dos demais turistas que contrataram a Colque Tours. Esse ônibus nos levou até a fronteira com a Bolívia - uma viagem de cerca de 2 horas. Lá na fronteira, apresentamos um papel de imigração que preenchemos no ônibus e tivemos nosso passaporte carimbado.
Na fronteira




Geiser do Amanhecer
Na fronteira tomamos café da manhã e colocamos nossas coisas no Jeep 4x4 que nos levaria pelos próximos 3 dias até o Salar de Uyuni. Conhecemos nossos companheiros de viagem, Lorenzo, italiano, 21 anos e Mikaela, alemã. Tivemos sorte de irmos só em quatro, o que tornou a viagem mai confortável. Nosso motoista, Abraan, era bem jovem como todos os outros motoristas, mas experiente, atencioso e disposto. O tempo estava feio, então nossa vista das primeiras lagoas, Verde e Blanca, foi decepcionante. Essas lagoas ficam a poucos quilômetros da fronteira, logo após a entrada do Parque Nacional Eduardo Avaroa (onde se paga uma taxa de entrada de 150 Bolivianos = 22 dólares).



Depois das lagoas, passamos pelo Geiser do Amanhecer que é bem interessante, com cores diversas e por uma piscina natural de água quente, porém não animamos de entrar, porque estava muito frio. Na verdade, já começava a nevar (NEVE NO DESERTO!!!).
Na hora do almoço chegamos ao refúgio onde passaríamos a primeira noite. Tratava-se de uma casa com vários quartos coletivos, com camas de concreto e um banheiro unissex sem chuveiro.
Primeiro Refúgio

Eu já vim sabendo que as condições de hospedagem nessa parte da viagem seriam bem precárias e não fiquei assustada. Levamos sacos de dormir pra colocar sob a roupa de cama e cobertas dos refúgios porque eu também tenho os meus limites na rooteza... rsrs
Todas as refeições estão incluídas no valor que se paga pelo passeio.
A comida era simples, mas sempre gostosa, com salada fresca, arroz e algum acompanhamento. Depois do almoço, seguimos em direção à Laguna Colorada.

Nosso Almoço

Laguna Colorada

Muito vento, muito frio e o tempo ficando cada vez mais feio

A cor da água é assim mesmo
Ventava muitíssimo, fazia muito frio, mas a paisagem era muito incrível!!!
De cara você vê aquela água rosada e muitos flamingos dentro dela no meio do nada. É muito surreal!!!
Mais uma vez, o dia não estava dos mais bonitos, com aquele céu azul, mas mesmo assim, o cenário é lindíssimo. Ficamos cerca de 1 hora por lá, passeando, tirando fotos e explorado o lugar. Infelizmente, o clima gelado não nos permitiu ficar mais e voltamos para o refúgio que ficava a cerca de 30 minutos de carro.



Rômulo conferindo a temperatura da água:quentinha!

Tempestade se formando no deserto

Passamos muitas horas sem fazer nada num lugar que não tem nada pra fazer e nem um chuveiro para tomar banho. Aí eu comecei a me dar conta de que o tour de 3 dias deveria ser melhor, pois fiquei com uma sensação de que estava sendo enrolada. Finalmente jantamos: sopa e macarrão com molho de tomate e ervilha e fomos dormir no máximo às 20 horas. Foi uma noite bem tensa e fria! Não tem aquecedor e eu usei 3 calças, 3 blusas, luva, gorro e fiquei dentro do saco de dormir, embaixo de 2 cobertores. Ventava muito, mas muito mesmo! De manhãzinha veio a surpresa: havia nevado e muito! NEVE NO DESERTO!!!







Finalmente chegamos a nossa primeira atração do dia: a arbol de piedra, que é uma formação rochosa em formato de árvore e estava cheio de neve branquinha em volta. Lindo!!! O nosso guia/motorista, que trabalha com isso há 4 anos e faz essa percurso 3 vezes por semana, disse que só neva uns 6 ou 7 dias por ano e que ele nunca tinha visto a paisagem daquele jeito, com tanta neve. Fomos privilegiados!
Arbol de Piedra

Ficamos maravilhados com a beleza das paisagens na estrada. Tudo muito incrível!
Depois dessa primeira parada, haveria mais três ate o almoço, em lagoas diferentes.
Sempre ventando muito e muito frio, o que tornava as descidas do Jeep sofridas. Mas os cenários compensavam o sofrimento.





Almoçamos num vilarejo, no lugar que nos serviria de refúgio na última noite. Tudo muito sujo! O caminho da mesa até o banheiro, passando pela cozinha, era de chorar. Se você não estiver "no clima", certamente não terá coragem de comer o que é servido. E nesse dia teve carne de llama, que eu dispensei por diversos motivos, mas principalmente porque tenho dó. Ali a paisagem já era outra, sem neve, mais quente e bem árido.
E depois de horas e horas numa estrada de terra incrível, com muitas curvas e com muito pó nos cabelos e dentro do Jeep, chegamos ao "hotel" de sal, onde dormiríamos nessa segunda noite. Todas as paredes, as mesas, os bancos, as camas e o chão era tudo feito de sal (sim, o Rômulo lambeu a parede!). A estrutura era melhor, o banheiro era dividido em masculino e feminino e tinha chuveiro!!! Claro que era pago, mas eu não me importei nenhum pouquinho (10,00 bolivianos, cerca de U$ 1,50).
A vila onde fica o hotel é minúscula e parece deserta, como as outras vilas que passamos no caminho. Ao fundo, havia um monte cheio de cactus e fomos lá dar um passeio. De cima do monte se via o Salar... finalmente havíamos chegado!


Vista de cima do monte com a pequena vila e o Salar de Uyuni ao fundo (aquela parte amarelada)

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